CATADORES DE SONHOS

“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”. (Eduardo Galeano)

A busca pelo sonho é o leitmotiv do espetáculo. Catadores de Sonhos discute o espaço da utopia nas relações humanas atuais e transita na fronteira de linguagens: teatro, dança, música, vídeo e alpinismo. “A pesquisa nos levou ao lugar da Utopia – tradicionalmente tida como intangível, mas nós revalorizamos esta idéia e pensamos sobre a Utopia como lugar do possível, uma zona de liberdade na qual a criação/construção depende só de nós. Os performers, incluindo os alpinistas, assumiram vários papéis, como “catadores de sonhos” que transitam através dos tempos e se apresentam como Catadores de sonhos que reaparecem como membros de movimentos artísticos e sociais. O espetáculo tem um formato inusitado, como de um dicionário e dialoga com cada espectador, permitindo suas próprias associações, questões e sensibilidades”.

Catadores de Sonhos propõe ao espectador uma troca sensorial: um espaço-tempo suspenso, lúdico, onde as instâncias do sonho e da utopia podem mais facilmente se manifestar. A expressão dos atores é baseada em técnicas contemporâneas de corpo e voz (teatro e dança) usando o alpinismo como técnica corporal. Alpinistas ‘dançam’ na parede de teatro e atuam no espaço vertical dentro sala, como diferentes personagens em relação aos atores, músicos e vídeo, que cria o cenário do espetáculo e mudando o espaço cênico.

O projeto aborda uma das mais complexas problemáticas contemporâneas: a vulnerabilidade dos laços sociais e a violência provocada por uma sociedade de consumo extremamente individualista. Exaltar questões ligadas à utopia e à necessidade humana de criar e alimentar sonhos, é também confrontar essa nova ordem fundada sobre a pressa do capitalismo liberal. É, acima de todas as coisas, questionar as premissas supostamente inquestionáveis do nosso modo de vida.

Direção e dramaturgia: Jadranka Andjelic / Atores: Andréa Maciel, Patrick Sampaio (Alexandre Rudáh) e Ander Simões/ Alpinistas: Filipe Edney/Cauê, Eduardo Rodrigues/Vinil / Audiovisual, Cenário e Objetos: Eveline Costa / Música, violão e direção musical: Thiago Trajano / Cello: Saulo Vignoli/Luciano Corrêa / Clarineta: Whatson Cardozo/Levi Chaves / Figurinos: Lydia Quintaes Iluminação: Dani Sanches / Assistência de Edição: Pedro Salim / Fotografia: Carol Chediak / Direção de Produção: Eveline Costa / Produção Executiva: Rodrigo Lopes

Patrocínio: OI FUTURO, METRÔ RIO, KINOPLEX CINEMA

Teatro Glaúcio Gil, Rio de Janeiro, 11 de Janeiro 2010 a 2 de fevereiro 2011 / Teatro Municipal do Jockey, Rio de Janeiro, 5 a 28 Agosto 2011 /

Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2011 (circulação 2012)

SESC Barra Mansa, 15 de junho 2012, 19.00 e 21.00 horas  / SESC São Jõao de Meriti, 11 de julho 2012, 20.00 horas / Teatro Cacilda Becker, Rio de Janeiro, 21, 22, 23 e 29, 28, 30 de setembro 2012/ Teatro Coletivo, São Paulo, 22 de novembro 2012

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